Fim de ano é época de balanços, pagamentos e, infelizmente, também de golpes digitais

Por que os golpes aumentam no fim do ano

Entre novembro e janeiro, empresas e pessoas costumam concentrar tarefas críticas: pagamentos a fornecedores, acertos de folha, 13º, impostos, compras e renovações de contratos. Quanto maior o volume e a pressa, maior a chance de alguém clicar em um link falso, aprovar uma transação indevida ou pagar um boleto fraudulento.

A Cartilha de Segurança para Internet do CERT.br reforça exatamente esse ponto: senso crítico, atenção a mensagens e checagens simples evitam boa parte das fraudes de engenharia social e phishing. 

Os golpes mais comuns que aparecem nessa época

1) Phishing por e mail, SMS e mensagens

Mensagens tentam induzir você a clicar e informar senha, dados bancários ou códigos de autenticação. O CERT.br descreve o phishing como uma das portas mais frequentes para roubo de credenciais e golpes em cadeia.

2) Falso funcionário de banco e falsa central

Golpistas se passam por banco, dizem que houve uma compra suspeita e pedem para “confirmar dados” ou “fazer um procedimento”. A Febraban alerta para esse tipo de fraude e recomenda desconfiar de contato inesperado e nunca seguir instruções por mensagens ou ligações não verificadas.

3) Golpes envolvendo Pix

Podem envolver falso comprovante, pedido urgente de transferência, falso imposto, ou alguém se passando por conhecido. A Febraban e o Banco Central mantêm orientações sobre prevenção e sobre o que fazer se você for vítima. 

4) Boleto falso e cobrança adulterada

Alteração de dados de pagamento, troca de beneficiário e envio de boletos por canais indevidos. O Banco Central reúne orientações específicas para casos de golpe envolvendo boleto e como agir rapidamente.

#DicaRKita: segurança digital também é gestão financeira responsável

Golpe digital não é só um problema de TI. É risco financeiro e operacional. Um pagamento errado pode afetar fluxo de caixa, gerar atraso com fornecedor, criar passivo contratual e consumir tempo do time em retrabalho e conciliações.

A seguir, um pacote de ações simples para aplicar ainda este mês.

Dicas rápidas da RKITA para reduzir o risco agora

1. Use autenticação em dois fatores

Ative em e mail, WhatsApp, plataformas bancárias e sistemas de gestão. Isso reduz o impacto caso uma senha vaze. A orientação é consistente com boas práticas de prevenção a ataques de phishing. 

2. Desconfie de links e e-mails suspeitos

Antes de clicar:

  • Confira o remetente real, não apenas o nome exibido
  • Desconfie de urgência e ameaça, como “bloqueio imediato”
  • Evite abrir anexos inesperados
  • Digite o endereço do site manualmente quando possível

O CERT.br enfatiza checagem e senso crítico como barreiras principais contra engenharia social. 

3. Mantenha antivírus e backups atualizados

Atualizações reduzem vulnerabilidades exploradas por criminosos. Backups permitem recuperar dados em incidentes como sequestro de informações. 

Controles práticos para empresas, com impacto imediato

Se você faz pagamentos em nome da empresa, estas medidas costumam reduzir muito a exposição:

  1. Aprovação em duas etapas para pagamentos
    Defina um fluxo simples: um responsável cadastra, outro aprova. Isso ajuda a bloquear boleto adulterado e alteração de favorecido.
  2. Cadastro de fornecedores com validação
    Mudança de conta bancária só com confirmação por canal oficial, de preferência por contato já conhecido.
  3. Limites e alertas no banco
    Ajuste limites de Pix e transferências e ative alertas de transação para identificar movimentações fora do padrão.
  4. Canal oficial para “cobranças” internas
    Evite pagar solicitações recebidas por WhatsApp sem verificação. Muitos golpes começam com uma mensagem “urgente” pedindo pagamento.

Se cair em golpe, o que fazer nas primeiras horas

  • Acione o banco imediatamente e registre a ocorrência pelos canais oficiais do aplicativo e atendimento
  • Reúna evidências: prints, e mails, dados do favorecido, comprovantes, conversa completa
  • Registre boletim de ocorrência e comunique internamente para evitar repetição
  • Revise acessos: troque senhas e revogue sessões abertas, priorizando e mail e contas bancárias

O Banco Central reúne orientações por tipo de golpe e próximos passos recomendados. 

Conclusão

Fim de ano pede organização financeira e atenção redobrada. As mesmas rotinas que garantem controle de caixa também reduzem o risco de fraude: processo, verificação e consistência.

Se você quer estruturar fluxos de pagamento mais seguros, padronizar validações e reduzir risco operacional para 2026, fale com a equipe da RKITA.

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